terça-feira, junho 28

Você



As cortinas se abrem e hoje a luz é mais forte
o brilho do sol se infiltra pelas frestas do telhado,
seu calor me atinge, aquece e alegra
É a chegada da primavera, o retorno desta quimera
As folhas do outono foram sopradas para o lado oposto
quando seus passos abriram a porta
O murmúrio, que era do vento, silenciou,
tornou-se nada, já não ouço os cavalos,
tampouco o tic-tac passado.
Sua presença se faz doce melodia
a preencher os minutos do meu dia
O sabor das horas é mais leve e atraente quando sei que te verei
Minhas mãos, antes vazias, frias e sozinhas
têm hoje o seu perfume, seu rosto e gosto para guardar
O ritmo do meu coração compassa nosso encontro
A vida que floresce no jardim
anuncia a estação que colore minhas palavras
ao pensar em ti, ao pensar que hoje
VOCÊ é o nome da poesia da minha vida.

(André, te amo!)

quarta-feira, abril 6

Antessala



Sala pequena, mesinha carregada de umas revistas com novidades e modas de três anos atrás, outras sem capas, sem páginas, todas sem me causar interesse, sem puxar meus olhos... muito menos minhas mãos. Ar condicionado e musiquinha calma, estrangeira, em volume que a forçava a se perder entre meus pensamentos, que se movimentavam tão rápido a quase se fazerem ouvir pela senhora da poltrona em frente, que vagarosamente desfolhava algo – não pude reconhecer, pela falta de atenção mesmo... tamanha quantidade de vozes em minha mente. Tantos problemas a serem resolvidos, tantas questões a serem pensadas e a agitação de não saber por onde começar. A expressão nervosa de tudo isso me fazia crer que o tempo da antessala passava vagarosamente pelas batidas dos ponteiros daquele relógio que eu não via, apenas ouvia... a pressa não me permitiu percorrer os olhos pela sala... “perda de tempo!”. Tempo que não passa o suficiente para eu ser chamado, mas que voa o suficiente para eu não dar conta de tudo o que deveria resolver hoje!

terça-feira, março 8

Euforia


Euforia
Euphoria
estado em que
eu poria tudo
E tudo de mim
ia do
eu pra fora!